Olá Câmaralobenses, Amigos e camaradas...
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Ontem a RTP-Madeira pediu-me que opina-se sobre a 2ª fase de requalificação do Ilhéu de Câmara de Lobos, e como é óbvio opinei.
No meu ponto de vista a intervenção realizada, foi positiva. Mas qualquer um outro poderia fazer o que lá está implementado. Nada de novo.
Foram opções dos que governaram, todos estes anos, o Município.
No meu entender a requalificação do Ilhéu de Câmara de Lobos pecou em dois aspectos.
1º Acessibilidades
Todos nós sabemos que, nem todos os veículos têm capacidades para subir ao alto do Ilhéu.
Mas se a intenção era subir ao alto do Ilhéu num passeio pedonal também esqueceram-se de requalificar as casas adjacentes ao acesso do ilhéu.
2ª A preservação da História do Ilhéu
Poucos de nós tem conhecimento que, segundo alguns historiadores, a 1ª residência de João Gonçalves Zarco foi alí edificada.
Ali também esteve a Forte do Ilhéu mais conhecida pela Forte de São Sebastião.
As provas apontam, para a conclusão, que ali foi edificado o 1º Farolim de Câmara de Lobos.
O Ilhéu recebeu muitas famílias de pescadores e com as suas dificuldades viveram, durante décadas, por ali.
Em junho de 2004 terminou o realojamento, desta famílias, no Complexo Habitacional da Cidade Nova.
A questão que deixo no ar é a seguinte:
Onde podem os visitantes, do Ilhéu, tomar conhecimento destas, e outras, histórias?
No meu entender falta um espaço que mostre, conte todas estas história.
O Ilhéu e as famílias de pescador que lá habitaram merecem um museu que contem as histórias do Ilhéu e dos seus habitantes.
Neste Museu também poderia estar integrado, uma homenagem ao pescador Câmarlobense, com um grande espaço que relate todas as técnicas e tradições dos pescadores.
Atualmente, no Ilhéu, temos um grande Jardim que, por decisão de quem governa a Câmara irá aumentar (obras a rondar os 100 000€) e o antigo infantário, requalificado, para receber a Associação Comunitária de Câmara de Lobos Viva e o Refeitório Social (caso seja necessário).
Infelizmente, prevejo que este refeitório abrira brevemente pois cada dia que passa os desempregados aumentam nas famílias Câmaralobenses e por conseguinte , muitas, famílias vêem aumentar as suas dificuldades.
Em suma a intervenção no Ilhéu de Câmara de lobos falhou nas acessibilidades e na preservação da história do local e dos seus habitantes.
Por isso, sou da opinião, que se deve pensar numa , nova, forma de lá chegar e também criar um espaço (Museu) para que o Turismo possa tomar conhecimento destas histórias e de um povo pescador que muito sofreu.
O Ilhéu e os Pescadores merecem um Museu!
Que Futuro queremos para câmara de Lobos?
Atentamente e sempre ao dispor.
cumprimentos
Carlos Gonçalves
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